Natal para mim é momento atípico:
Cores, enfeites, presentes e confraternização.
O pobre dá uma de rico,
O rico dá uma de “bonzão”.
Até àqueles que não se suportam,
Pelos menos nestes dias,
Beijam e se abraçam,
Com sorrisos forçados,
Até parecem irmãos.
É comércio agitado. Estacionamentos lotados. Todo mundo apressado.
Festas e bebedeira por todos os lados.
E o cara todo atolado,
Pois mesmo com o salário minguado,
Se curva às imposições do mercado.
E para acabar de complicar,
Ainda existe tal amigo secreto,
Que às vezes é tão “secreto”,
Que em nossa vida nunca esteve perto.
Não é aquele amigo do dia-a-dia,
Que compartilha e faz companhia,
Daquele que afaga, mas também dá carão.
É, muitas vezes, tão oculto,
Que para a gente encontrar o presente,
Roda feito peão e termina o dia maluco.
Pouca gente se lembra,
Que Natal é espiritual nascimento.
É renovação da alma e dos sentimentos.
É valorização das coisas singelas,
Mas não por isso, pequenas.
Que o Natal é para acender a verdadeira chama,
Que habita o nosso templo interior.
Que é para cultivar a paz, distribuir o bem,
E semear o amor.
Que Natal é para o cara se olhar no espelho,
E buscar em si mesmo a fonte fecunda e de infinita luz.
Que Natal não é culto às futilidades e à matéria.
É tempo de fortalecer a aliança,
Com o Meigo Rabi da Galiléia – o Mestre e Amigo Jesus!
A todos, um Natal verdadeiro que seja reticências nos dias de 2014!
Flávio Romero Guimarães